A leitura não é apenas uma das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, é também um dos grandes prazeres da vida. Num mundo onde cada vez mais os meios de comunicação dominam o interesse das novas gerações, os pais dificilmente se preocupam em criar nas crianças hábitos de leitura. Pesquisas apontam que 43% das crianças e adolescentes brasileiros não leem. Para 57% deles, o principal entretenimento é a televisão, com a qual gastam mais de três horas por dia. Os benefícios da leitura são perceptíveis no comportamento, na facilidade de expressão dos jovens, na ampliação da criatividade e vocabulário, no poder de argumentação, organização do pensamento e compreensão. Muitos jovens são descrentes em relação a um futuro melhor, só anseiam pela aparência de uma boa vida repleta de entretenimentos e luxos, esquecendo que nos livros o futuro se encontra em formas de palavras. Embora não sejam essas palavras que determinarão suas vidas, mas transmitirão a maturidade e inteligência que tem suas mentes. O jovem e o livro viverão um ciclo de amizade inesgotável quando fizerem as pazes. Fazer com que o universo literário se torne atrativo às crianças que vivem no mundo instantâneo da tecnologia é utópico.
O papel dos pais é levar a criança ao mundo imaginário da leitura, proporcionando-lhes histórias onde o ”faz de conta" fique apenas na história contada. A realidade se modifica junto ao futuro que, mesmo julgado por incerto, vai criando linhas imaginárias em que a leitura é o traçado principal. Ler para seu filho quando ainda é pequeno pode fazê-lo associar a leitura a momentos de prazer e aconchego, mesmo antes de eles saberem a ler. Eles vão acostumando seus ouvidos às fantasias que acabam proporcionando um desenvolvimento de expressão. As crianças adquirem os hábitos dos pais, se ela nunca os vê lendo, provavelmente não virá a se interessar por livros. Ir a bibliotecas e livrarias, tornando disso um hábito familiar é caminhar em direção ao conhecimento.
Pais preferem comprar roupas de grife a livros que são pedidos pela escola, ocorrendo uma inversão de valores na troca do essencial pelo supérfluo. Por mais que o dinheiro não compre conhecimento, ele auxilia em mecanismos indispensáveis para o desenvolvimento cognitivo da mente humana. O fato dos pais não valorizarem o livro justifica a mediocridade e a acomodação em que grande parte da sociedade se encontra.
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