Este blog é direcionado às aulas de Português da professora Veridiana, contendo textos realizados durante o ano de 2011.

sábado, 24 de setembro de 2011

Valores, onde estão?



               Paro pra pensar e me dou conta do que vivi até aqui. Amigos que conquistei, obstáculos que superei, das pessoas que passaram por mim e marcaram minha vida e daquelas que não tiveram nenhuma importância cujo nome já não lembro mais. 
                  O tempo passa, percebo que tudo que construí durante meu percurso não foi à toa, nunca fui de acreditar nisso de que “as coisas acontecem pois está escrito que é para acontecer”, pessoas entram e saem das nossas vidas decorrente de nossas ações, e não porque é assim que tem que ser. Somos os senhores do nosso próprio destino. 
              E nesse fluxo migratório de pessoas, conseguimos distinguir quem é de verdade e quem é de mentira, tudo isso graças aos valores que nos são passados. Então, percebo que todos os ensinamentos e cobranças de meus pais tiveram uma grande importância na formação do que sou hoje. Valores que considero inestimáveis se perdem no meio de tecnologias descartáveis. 
                   Logo pensamos que o culpado para esses valores éticos e morais terem se perdido no tempo é a nova geração. E é. Contudo, toda essa culpa não pode cair somente sobre nós. Pais reprimidos acham que a solução é liberar os filhos para fazer o que eles não tiveram oportunidade e erram nesse ponto, de achar que a liberdade total trará a felicidade, tornando-se permissivos em excesso e confundindo liberdade com libertinagem. A sociedade capitalista exige que os pais trabalhem em longas jornadas, afim de que possam sustentar os pedidos desmedidos de seus próprios filhos. Isso acarreta a ausência dos pais que, cada vez mais, querem suprir sua falta através de coisas materiais. 
                  Comum hoje é ver crianças com os mais novos modelos de celulares, ipods circulando como se fossem livros, máquinas digitais sem os quais dizem não conseguir viver. 
              Estamos na era da facilidade, respostas prontas no Google, comunicação com o mundo todo através de um simples clique, valorização de amigos virtuais que se quer conhecem. É a era do dinheiro substituindo Deus, das pernas sendo substituídas pelos carros, do cérebro pelo computador, da cultura pela televisão, da diversão pelos videogames, de cada um por si e do amor próprio. 
                   Já dizia a minha avó, “é de pequeno que se torce o pepino”. É preciso que a valorização humana seja reiniciada. Há a necessidade da imposição de limites, lembrando que estes são demonstrações de preocupação para com o outro. Pequenos gestos ou atitudes como um simples sorriso deveriam perpetuar pela espécie humana. No entanto, estes são esquecidos com a velocidade que a vida passa. E, infelizmente, nessa vida corrida não se tem nem mais tempo para valorizar o que realmente importa.


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